sábado, abril 19, 2025
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Aluno de alto desempenho da USP alega ter sido expulso por ser “de direita”

A USP ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso

A Universidade de São Paulo (USP) está no centro de uma polêmica após a expulsão do estudante de Direito Victor Henrique Ahlf Gomes, de 22 anos. Conhecido por suas posições políticas de direita dentro da instituição desde que ingressou em 2020, Gomes alega que foi alvo de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) conduzido com viés ideológico, o que resultou em sua expulsão e na exclusão de sua formatura, apesar de seu alto desempenho acadêmico.

O estudante concluiu todas as critérios do curso com uma média geral de 9,1 e recebeu nota máxima em seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). No entanto, segundo ele, o PAD teria sido usado para retirá-lo da universidade de maneira desproporcional. O caso repercutiu amplamente, especialmente entre professores e juristas ligados à USP, que questionam a legalidade e a legitimidade da decisão.

A professora de Direito Penal da USP, Janaina Paschoal, utilizou a rede X (antigo Twitter) para manifestar sua indignação. “Entendo desproporcional a expulsão do aluno”, escreveu. “Todos os créditos cumpridos, notas altas, não poder colar grau? Não se tratou de um aluno abertamente de direita, o espírito de conciliação teria falado mais alto.”

Outro docente da instituição, o professor de Direito Financeiro José Mauricio Conti, também criticou duramente a expulsão. “Participei do julgamento e analisei todas as provas. Uma decisão absurda e profundamente lamentável”, declarou Conti, classificando o episódio como “vergonhoso”.

Conti faz parte da comissão deliberativa da Faculdade de Direito da USP, composta por professores, servidores e ex-alunos, e afirmou ter tido acesso ao processo. Segundo ele, não há elementos concretos que justifiquem a medida extrema. “Não há nada que pudesse ser transportado para o mundo científico para justificar essa decisão. As provas são extremamente frágeis, a versão do estudante é consistente e sempre foi a mesma.”

A USP ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso, mas a repercussão segue crescendo nas redes sociais e entre membros da comunidade acadêmica. O episódio levanta debates sobre a neutralidade da universidade em processos disciplinares e a suposta perseguição a alunos com visões divergentes do ambiente predominantemente na instituição.

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