O dólar encerrou o pregão desta sexta-feira (1) com uma alta de 1,50%, cotado a R$ 5,916. O movimento ocorre após a confirmação de Gleisi Hoffmann como a nova Secretária de Relações Institucionais do governo federal, substituindo Alexandre Padilha. A escolha gerou uma reação negativa do mercado, sobretudo pela percepção de falta de compromisso com o ajuste fiscal.
A postura da nova secretária em relação às contas públicas é motivo de incerteza para investidores, que veem o compromisso fiscal como essencial para a estabilidade dos ativos brasileiros. A função que Hoffmann assume é estratégica para a interlocução entre governo e Congresso, e sua capacidade de articulação será acompanhada de perto pelo mercado financeiro.
O Ibovespa refletiu a insegurança dos investidores e encerrou o dia em queda de 1,48%, atingindo 122.957 pontos. A pressão vendedora foi impulsionada pela preocupação com a nova composição política e pelos reflexos do cenário externo.
Fatores externos aumentam aversão ao risco
A instabilidade nos mercados emergentes também foi intensificada por eventos no cenário internacional. O encontro entre Donald Trump e Volodymyr Zelensky ocorreu em meio a tensões, gerando um aumento na aversão ao risco. O episódio impulsionou a busca por ativos mais seguros, levando a uma fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil.
Outro fator que influenciou a alta do dólar foi a divulgação de dados de inflação nos Estados Unidos. Os indicadores ficaram dentro das expectativas do mercado, reforçando a percepção de que o Federal Reserve manterá as taxas de juros no patamar atual. Isso fortalece o dólar globalmente e reduz a atratividade de investimentos em mercados emergentes.