A China anunciou, nesta sexta-feira (11), que vai aumentar significativamente as tarifas sobre produtos importados dos Estados Unidos, elevando a taxação dos atuais 84% para 125%. A medida entra em vigor já neste sábado (12), conforme comunicado divulgado pela Embaixada da China nos Estados Unidos e confirmado pelo Ministério das Finanças do país asiático. A decisão marca mais um capítulo da crescente guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.
O aumento das tarifas é uma retaliação direta às ações do governo americano, liderado pelo presidente Donald Trump. Na última quinta-feira (10), os Estados Unidos divulgaram que as tarifas aplicadas à China somam atualmente 145%, consolidando uma postura mais agressiva na política comercial com o país asiático.
A tensão entre Washington e Pequim se intensificou nas últimas semanas. Na quarta-feira anterior (2), Trump detalhou uma nova tabela de tarifas que varia de 10% a 50%, a serem aplicadas a produtos provenientes de mais de 180 países. A China foi uma das mais afetadas, com uma tarifa específica de 34% imposta sobre suas exportações, valor que se somou aos 20% já existentes anteriormente. No total, os produtos chineses passaram a enfrentar uma tarifa acumulada de 54%.
Em resposta, o governo chinês não demorou a agir. Já na sexta-feira seguinte (4), Pequim impôs tarifas extras de 34% sobre todas as importações americanas, elevando para 84% a carga tributária média sobre produtos dos EUA.
A Casa Branca, por sua vez, decidiu endurecer ainda mais o confronto e lançou um ultimato. O presidente Trump estabeleceu um prazo: caso a China não retirasse suas tarifas retaliatórias até as 13h de terça-feira (8), os Estados Unidos aumentariam suas taxas em mais 50 pontos percentuais, o que de fato ocorreu, elevando a carga total para 104%.
