A cunhã-poranga do Boi Garantido, Isabelle Nogueira, está à frente de um novo projeto que promete movimentar a cena cultural do Norte do país: o Festival da Cunhã. O evento, que leva sua assinatura artística, será realizado no dia 24 de maio, na Arena da Amazônia, em Manaus, com início às 17h. Cerca de 90% dos ingressos serão gratuitos, reforçando a proposta de democratização do acesso à cultura.
Com o objetivo de exaltar a riqueza da música amazonense, Isabelle tem usado suas redes sociais para destacar os artistas locais escalados para o line-up do festival. Embora a atração principal do evento seja a dupla sertaneja Maiara & Maraísa, a proposta vai além do espetáculo nacional. A ideia é valorizar talentos regionais, muitos deles ainda fora do grande circuito da mídia.
“Meu objetivo com o ‘Festival da Cunhã’ é tirar da invisibilidade inúmeros artistas talentosos que muitas vezes não são vistos e consumidos porque não existe apoio ou mesmo campanhas para projetar a arte musical do Amazonas com o respeito que esses artistas merecem”, declarou Isabelle.
Entre os nomes confirmados estão artistas consagrados do cenário local, como Uendel Pinheiro, Israel Paulain, Edilson Santana e Márcia Siqueira. O evento também abre espaço para artistas autorais e menos conhecidos do grande público, como Mady & Seus Namorados, Zona Tribal, Dyakapiro, além das DJs Rafa Militão e Aya (antiga May Seven) e o ícone do beiradão, Hadail Mesquita.
Isabelle ressalta que a escolha dos artistas foi pautada na diversidade musical do Amazonas. “Mesmo com estilos diferentes, todos têm em comum uma forte ligação com Manaus e o Amazonas”, afirmou.
A organização do festival também reforça o compromisso com o respeito aos artistas locais. Todos se apresentarão no mesmo palco, sem distinções. “Tanto os artistas do Amazonas quanto Maiara & Maraísa se apresentarão em um único palco. Minha equipe foi orientada a não usar expressões como ‘artista local’ ou ‘pré-show’. São artistas manauaras ou amazonenses e todos irão fazer ‘show de abertura’”, destacou.
Questionada sobre o impacto que sua postura pode ter no cenário cultural do estado, Isabelle foi enfática: “Olha, eu estou fazendo minha parte. Eu tenho orgulho de ser amazonense. Eu tenho como meta divulgar o máximo que eu puder sobre nós, amazônidas. Sou uma pessoa apaixonada pelo lugar que Deus me deu”.
