O pedido de instauração para apurar os empréstimos da gestão do prefeito David Almeida (Avante) por meio de uma CPI sofre entrave na Câmara Municipal de Manaus (CMM). De acordo com o vereador Rodrigo Guedes (PP), caso a CMM não instaure a investigação, a Justiça do Amazonas pode ser acionada.
Conforme noticiou O Convergente, a ‘CPI dos Empréstimos’ ainda está na fase inicial de coleta de assinaturas. No entanto, o pedido foi alvo de críticas na última semana, o que levou o vereador Rodrigo Guedes a abrir mão da autoria da CPI, que passou a ser liderada pelo vereador Coronel Rosses (PL).
Em entrevista para um portal de notícias, Rodrigo Guedes afirmou que a Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM não é responsável por analisar o pedido de CPI e, caso a Câmara não dê parecer favorável para instaurar a investigação, a Justiça deve ser acionada.
“Não precisa passar pela CCJ, nunca passou pela CCJ. Passa pela Procuradoria que dá um parecer opinativo, passa pelo presidente e todo mundo sabe que ele é braço direito do prefeito. Ele negando, nós vamos buscar Justiça, vamos buscar instaurar a CPI via judicial”, afirmou.
Nos últimos dias, a CPI tem sido protagonista de discussões políticas no plenário da CMM. O vereador Rodrigo Guedes protagonizou uma discussão com o vereador Aldenor Lima (UB), o que ocasionou em idas na sede da Polícia Federal e ameaça de pedido de cassação de mandato no plenário da CMM.
Apesar da discussão com o vereador, nas redes sociais, Aldenor Lima chegou a comentar que assinaria a CPI. No entanto, até o momento, o registro de assinatura do vereador não foi confirmado.
Um dia após as discussões no plenário, a CPI perdeu uma assinatura: a do vereador Saimon Bessa (UB). De acordo com o parlamentar, ele solicitou a retirada da assinatura, uma vez que afirmou que a instauração da investigação na CMM estaria se desvirtuando do propósito original.
Em meio aos embates políticos, o vereador Rodrigo Guedes informou que abdicaria da liderança da CPI. Com a decisão, o vereador Coronel Rosses assumiu a liderança e será o responsável por coletar as demais assinaturas. Para ser instaurada, uma CPI precisa de, no mínimo, 14 assinaturas.
Os primeiros a assinarem o documento foram os vereadores Rodrigo Guedes, Rodrigo Sá (PP), Capitão Carpê (PL), Sargento Salazar (PL), Coronel Rosses (PL) e José Ricardo (PT). Nesta semana, os vereadores Raiff Matos (PL), Diego Afonso (UB) e a vereadora Thaysa Lippy (PRB) assinaram o documento, além dos vereadores Ivo Neto (PMB) e Saimon Bessa – que retirou a assinatura.
*Com informações do O Convergente
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