sábado, abril 19, 2025
HomeNotíciasPolíticaBancada do PL se reúne para discutir ações contra cassação de vereadores...

Bancada do PL se reúne para discutir ações contra cassação de vereadores da sigla após discussão na Feira da Banana

Segundo representação movida pelo sindicato dos feirantes, os vereadores teriam agido de forma “truculenta e arbitrária”,

A bancada do Partido Liberal (PL) no Amazonas realizou uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira (17), às 11h, na sede do partido, em Manaus, para apresentar a posição da legenda diante da tentativa de cassação dos vereadores Coronel Rosses e Sargento Salazar, ambos do PL. A ação está relacionada à fiscalização realizada na Feira da Banana, no dia 25 de março, que motivou uma representação protocolada pelo Sindicato dos Feirantes.

Segundo a convocação, a sigla pretende rebater a representação e defender os parlamentares envolvidos. Durante a coletiva os parlamentares sustentaram que a “perseguição contra eles em um proceso de cassação é mais oxigêncio para atuação da oposição da Casa.

“Isso é um processo político, que começa com politicagem, isso vai andar, vai evoluir, se por acaso isso for julgado mais tarde, o partido vai contra-argumentar em todos os níveis e vai até as últimas conssequências (…) tudo está começando errado, sobre uma situação absurda, a justiça não corroborá com uma situação absurda”, disse o presidente do PL em Manaus, Alfredo Nascimento.

Questionados sobre o processo de cassação, o vereador Sargento Salazar afirmou que não tem medo de perca de mandato e nem de ficar inelegível. “Eu vou continuar vivo, respirando e com uma rede social com milhões de seguidores. Vamos continuar com o nosso trabalho e é ai que vamos fiscalizar mesmo”, declarou o parlamentar.

O vereador Coronel Rosses sustenta que os parlamentares são vítimas de uma perseguição brutal. “Eu não terei problema nenhum de responder a um processe de quebra de decoro, em mais um processo por arbitrariedade e por truculência do poder público contra mim e o Sargento Salazar. Mais uma vez estamos aqui vítimas de um processo de perseguição do poder público”.

Ainda segundo os vereadores, nenhum dos dois foi notificado oficialmente sobre o procedimento instaurado na Câmara. A oficialização deve ocorrer na próxima semana.

Ação movida por sindicato

O Sindicato do Comércio Varejista dos Feirantes de Manaus protocolou nesta semana uma representação formal contra os vereadores Sargento Salazar e Coronel Rosses na Câmara Municipal de Manaus. A entidade solicita a abertura de processo disciplinar por quebra de decoro parlamentar, o decreto de perda de ambos os mandatos e outras possíveis infrações legais cometidas pelos parlamentares durante uma confusão ocorrida no dia 25 de março de 2025, por volta das 16h, na Feira Municipal da Banana.

Segundo a representação, os vereadores teriam agido de forma “truculenta e arbitrária”, inclusive com agressões físicas e verbais, para impedir o cumprimento de uma ação da Secretaria Municipal de Agricultura, Abastecimento, Centro e Comércio Informal (SEMACC). A operação visava reintegrar um espaço público após processo administrativo que apurou a prática de aluguel indevido do local.

De acordo com o Sindicato, a permissionária do espaço teria confessado em audiência, acompanhada de advogado, que alugava o local a terceiros — prática proibida pela Lei Municipal 123/2004 e pela Lei 14.144/2021. O processo administrativo culminou na retomada da permissão de uso do espaço.

No entanto, durante a execução da medida, “servidores foram surpreendidos pelos vereadores Sargento Salazar e Coronel Rosses, que em uma ação truculenta os impediram de cumprir o que determina a Lei 123/2004”, segundo trecho do documento protocolado.

O Sindicato denuncia ainda que os parlamentares agrediram fisicamente o advogado da SEMACC e ofenderam verbalmente servidores públicos, feirantes e até mesmo clientes que estavam no local. “As atitudes dos referidos vereadores foram ações incompatíveis com o decoro parlamentar, com a liturgia do cargo de vereador, ferindo não somente o Código de Ética desta casa, mas também a Lei Orgânica do Município de Manaus, a nossa Carta Magna e demais leis vigentes”, diz outro trecho da representação.

Entre os relatos apresentados estão os do feirante João Pacheco de Souza Neto, permissionário há quase 30 anos, e das feirantes Selina Nascimento Amazonas e Nereida Jaciara Barroso Rodrigues, que descreveram os vereadores como “altamente alterados”, “agressivos” e acompanhados de pessoas armadas. “Inclusive o próprio vereador Salazar fazia questão de mostrar que estava armado”, denuncia o texto.

 

 

 

- Continua após a publicidade -spot_img
spot_img
Últimas notícias
- Continua após a publicidade -
Mais como esta

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here