Lucas Prado Kallas, fundador e presidente do Grupo Cedro e integrante do Conselho de Desenvolvimento Econômico Sustentável da Presidência da República — o “Conselhão” — está sob investigação da Polícia Federal por envolvimento em um esquema de extração ilegal de minério de ferro na Serra do Curral, patrimônio histórico e ambiental de Belo Horizonte.
De acordo com a investigação, Kallas e outros dois empresários teriam se aproveitado de um Plano de Recuperação Ambiental de Área Degradada (PRAD), firmado com órgãos de controle, como fachada para ampliar clandestinamente a exploração mineral ao longo de mais de uma década em uma área tombada.
O empresário, que já foi alvo da PF em 2008, lidera atualmente um investimento bilionário em infraestrutura portuária no Rio de Janeiro. Ele também foi recentemente elogiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva por sua atuação empresarial.
Segundo a Polícia Federal, o esquema contou com o apoio de dois servidores da Agência Nacional de Mineração (ANM): Leandro Cesar Ferreira de Carvalho, então gerente regional da ANM em Minas Gerais, e Claudinei Oliveira Cruz, superintendente substituto de segurança de barragens de mineração. Ambos, servidores de carreira, foram exonerados de seus cargos no dia 1º de abril, suspeitos de envolvimento nos crimes de peculato, corrupção e advocacia administrativa.
