quinta-feira, maio 22, 2025
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“Discursos irrelevantes” e “síndrome da ausência”: Vereadores trocam acusações na sessão da CMM

As divergências começaram após o pedido de inversão de pauta, feito pelo líder do prefeito na CMM, vereador Eduardo Alfaia (Avante)

O início da sessão plenária desta quarta-feira (21), na Câmara Municipal de Manaus (CMM), foi marcado por um clima de tensão entre vereadores da base e da oposição. As divergências começaram após o pedido de inversão de pauta, feito pelo líder do prefeito na CMM, vereador Eduardo Alfaia (Avante).

Como justificativa para a inversão na CMM, os vereadores alegaram que os projetos pautados na Ordem do Dia estenderiam o horário da sessão após a tribuna popular, que ocorre tradicionalmente na última sessão da semana.

Após a solicitação do líder do prefeito, o vereador Rodrigo Guedes (PP) criticou a sugestão de inversão de pauta, alegando que o plenário seria esvaziado pelos parlamentares durante os debates da tribuna popular.

“Semana passada foi feito – entre tantas outras situações – e só ficaram aqui no plenário três vereadores. Essa metodologia me parece mais para ficar livre depois para poder fazer qualquer outra coisa e esvaziar o plenário. Não é legal e correto, é totalmente deselegante o que aconteceu na semana passada […]. Acho mais correto fazermos a tribuna popular e, por fim, a ordem do dia”, disse o vereador.

Ao término da fala do vereador, o vice-líder do prefeito – e presidente da sessão desta quarta-feira -, o vereador Raulzinho (MDB) afirmou que a sessão desta manhã não iniciou no horário por conta da falta de quórum de vereadores na CMM e ainda justificou a ausência do vereador Rodrigo Guedes no plenário.

Sobre o assunto, o vereador Zé Ricardo (PT) apoiou o discurso contrário à inversão de pauta e ainda alegou que chegou no horário para a sessão iniciar. “Eu cheguei no horário e dei quórum como sempre, mas também queria me manifestar contrário a inversão de pauta. Vejo que já é constante isso […]. Semana passada teve uma tribuna de minha autoria e houve um esvaziamento. Todas as tribunas são importantes, todas as pautas que cada vereador traz aqui precisamos prestigiar porque são ações de interesse da população”, afirmou.

Logo após o discurso contra a inversão de pauta, o líder do prefeito criticou as falas dos colegas de CMM e alegou que o vereador Rodrigo Guedes teria ‘síndrome da ausência dos colegas’.

“O vereador que tem a síndrome da ausência dos colegas pode se sentir ofendido, ele gosta de procrastinar, ficar fazendo discursos aleatórios e falas irrelevantes tentando expor os colegas da Casa. Acabamos perdendo tempo com essas falas vãs e penalizando a discussão do código, da tribuna popular que temos hoje. O nosso requerimento foi que suprimíssemos as votações”, disparou o vereador Eduardo Alfaia.

Depois da fala do líder do prefeito, o vereador Rodrigo Guedes rebateu os comentários e afirmou que não fez julgamentos pessoas contra o parlamentar, mas que apenas afirmou uma realidade que ocorre no plenário.

“Me parece uma manobra para não votarmos os requerimentos. Inclusive, uma fala totalmente desnecessária a do líder do prefeito. Eu não fiz nenhum julgamento pessoal, eu falei uma realidade! Quando invertemos a ordem do dia e tem tribuna popular, esvazia o plenário. Vamos pegar as imagens e mostrar a vergonha que foi na semana passada, a tribuna acontecendo e três vereadores no plenário”, pontuou.

Apesar do clima tenso durante a sessão, a inversão de pauta foi aprovada pela maioria dos vereadores. Os parlamentares votaram sete páginas de projetos de lei e, em seguida, iniciaram as tribunas populares.

*Com informações do O Convergente

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