O opositor ao governo da Venezuela, Juan Pablo Guanipa, foi preso nesta sexta-feira, 23, sob a acusação de “terrorismo”. Guanipa é um dos críticos mais contundentes do regime de Nicolás Maduro e aliado próximo da líder venezuelana María Corina Machado.
Imagens que circulam nas redes sociais mostram o momento em que Guanipa foi algemado e levado por agentes fortemente armados da Polícia Nacional Bolivariana (PNB). A ação foi transmitida ao vivo pela emissora estatal venezuelana, com narração do ministro do Interior, Diosdado Cabello, que também exibiu os vídeos oficiais da prisão.
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Segundo o governo de Maduro, Guanipa liderava um suposto grupo terrorista cujo objetivo seria promover atos de violência para sabotar as eleições regionais, marcadas para este domingo, 25, quando os venezuelanos vão às urnas para escolher governadores e legisladores.
Pouco depois da prisão, uma mensagem foi publicada na conta oficial de Juan Pablo Guanipa na plataforma X (antigo Twitter):
“Se estão lendo isto, é porque fui sequestrado pelas forças do regime de Nicolás Maduro.”
A publicação prossegue:
“Não tenho certeza do que vai me acontecer nas próximas horas, dias ou semanas. Mas do que tenho certeza é que venceremos a longa luta contra a ditadura.”
A prisão de Guanipa gerou forte repercussão internacional e aumentou ainda mais a tensão política na Venezuela às vésperas das eleições. Organizações de direitos humanos e líderes oposicionistas denunciam perseguição e repressão sistemática por parte do regime chavista contra dissidentes políticos.
Até o momento, não há informações oficiais sobre o paradeiro de Juan Pablo Guanipa ou sobre as condições em que ele se encontra detido.
