quarta-feira, maio 28, 2025
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Paulo Onça, ícone do samba de Manaus, morre aos 63 anos após ser espancado

A morte foi confirmada pela esposa do artista, que o acompanhou desde dezembro de 2024

O sambista e compositor amazonense Paulo Juvêncio de Melo Israel, conhecido artisticamente como Paulo Onça, faleceu nesta segunda-feira (26/05), em Manaus, aos 63 anos, após quase seis meses de internação hospitalar. A morte foi confirmada pela esposa do artista, que o acompanhou desde dezembro de 2024, quando ele foi brutalmente agredido após um acidente de trânsito.

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Paulo Onça era uma das principais referências do samba no Amazonas, com uma carreira iniciada aos 16 anos e marcada por mais de quatro décadas dedicadas à música e à cultura popular. Ao longo de sua trajetória, compôs mais de 130 músicas, muitas delas interpretadas por nomes consagrados como Zeca Pagodinho, Jorge Aragão e o grupo Exaltasamba.

O incidente

A agressão que resultou na internação e, posteriormente, na morte do sambista ocorreu em 4 de dezembro de 2024, na Rua Major Gabriel, bairro Praça 14 de Janeiro, zona Sul de Manaus. Câmeras de segurança flagraram o momento em que, após avançar um sinal vermelho e colidir com outro veículo, Paulo foi violentamente atacado por Adeilson Fonseca, condutor do carro atingido.

Legado musical

Entre as obras mais conhecidas de Paulo Onça destacam-se o samba-enredo “Nem Verde e Nem Rosa”, que garantiu à Escola de Samba Vitória Régia o título de campeã do carnaval de Manaus nos anos 1990, além de composições como “Ivete do Rio ao Rio”, em parceria com Alan Vasconcelos; “Feitio de Paixão”, eternizada por Jorge Aragão; e “Conexão em Samba”.

Ele também participou de projetos importantes, como o álbum “Na Cadência do Samba”, em parceria com o desembargador Yedo Simões, com interpretações de Dudu Nobre e Grupo Raça.

Figura central da cultura amazonense

Paulo Onça foi um dos grandes incentivadores do samba no Amazonas, com atuação destacada em escolas de samba como Vitória Régia, Sem Compromisso e Reino Unido da Liberdade. Também se apresentou em eventos culturais emblemáticos, como o Passo a Paço e no Teatro Amazonas, consolidando-se como uma figura indispensável para a cena cultural local.

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