quinta-feira, maio 16, 2024

Número de divórcios cresce 8,6% no Brasil e atinge maior marca de separações desde 2007

Os dados mostram que quase metade dos casamentos que terminam em divórcio duram menos de 10 anos

Segundo os dados da Estatística do Registro Civil de 2022, divulgados na última quarta-feira, (27), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de divórcios no Brasil cresceu 8,6% no ano de 2022 em comparação com 2021. Os números migraram de 386.813 para 420.039. Os divórcios judiciais concedidos em 1ª instância corresponderam a 81,1% dos divórcios do país.

O número total de separações é o maior da série histórica iniciada em 2007 pelo IBGE. O levantamento aponta ainda que a idade média de divórcio aumentou nos últimos doze anos. Enquanto em 2010 as mulheres se divorciavam com 39,4 anos e os homens com 42,6 anos, em 2022 a idade média do divórcio dos homens saltou para 44 anos e das mulheres para 41 anos.

Os dados mostram que quase metade dos casamentos que terminam em divórcio duram menos de 10 anos. Cerca de 47,7% dos casais se divorciam com menos de 10 anos de união, 25,9% permanecem juntos entre 10 e 19 anos até o divórcio, e 26,4% se separam com mais de 20 anos de casamento.

Com consequência das separações precoces, o tempo médio entre o casamento e o divórcio diminuiu nos últimos anos no país. Em 2010, o era de 15,9 anos, e agora, em 2022, caiu para 13,8 anos.

As regiões Sul, com tempo médio de 15,3 anos, e o Nordeste, com 14,7 anos, são onde os casamentos duram mais que a média nacional. Apesar disso, as duas regiões possuem os menores números de pessoas casadas em relação a população total.

O Centro-Oeste, com média de 12,7 de duração, é a região a brasileira com menor tempo médio entre o casamento e o divórcio.

O perfil dos casais que se divorciaram em 2022 foi majoritariamente de pessoas com filhos menores de idade. Os dados mostram que 54,2% dos divórcios foram entre casais com filhos menores, avanço de 4 pontos percentuais na comparação com 2020, quando o grupo representou 50,9%.

O levantamento destaca ainda que o percentual de divórcio entre casais com filhos maiores de idade diminuiu nos últimos 12 anos, passando de 19,4% para 15,8%.

A separação entre casais sem filhos permaneceu praticamente inalterada nos últimos anos, variando de 29,7 em 2020 para 29,4% em 2022.

Uma mudança mostrada sobre o levantamento é o maior compartilhamento da guarda dos filhos menores após divórcios judiciais. Porém, os pais ainda são menos responsáveis pelas crianças do que as mães.

O percentual de mulheres responsáveis pela guarda caiu de 85% em 2014 para 50,3% em 2022. Em compensação, o percentual de responsabilidade compartilhada entre os dois ex-cônjuges saltou de 7,5% em 2014 para 37,8% em 2022. A parcela de homens que era o principal responsável pelos filhos teve variação negativa, passando de 5,5% em 2014 para 3,3% em 2022.

 

 

 

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE / EXAME.

Foto: Reprodução / Freepik

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