quinta-feira, maio 2, 2024

Febre Oropouche: Fiocruz Amazônia identifica primeiro caso na tríplice fronteira

O caso isolado foi identificado em uma mulher, residente em um bairro do município de Letícia na fronteira brasileira com Colômbia e Peru

Pesquisadores do Instituto Leônidas e Maria Deane (Fiocruz Amazônia) relataram, em artigo publicado na revista científica Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, a descoberta do primeiro caso de febre oropouche detectado na região fronteiriça internacional da Amazônia, que reúne Brasil, Colômbia e Peru. O estudo contou com a colaboração do Laboratório de Saúde Pública do Departamento do Amazonas, da Colômbia.

“O resultado traz um alerta sobre a importância da vigilância transfronteiriça que deve funcionar de forma rotineira para identificação de arbovírus circulantes na região, que muitas vezes são subnotificados nos sistemas de vigilância em saúde pública”, aponta o pesquisador José Joaquín Carvajal-Cortés, coordenador do estudo na Fiocruz Amazônia.

O vírus oropouche isolado foi identificado em uma mulher, residente em um bairro do município de Letícia na fronteira brasileira com os outros países. A paciente apresentou sintomas como febre, cefaleia, dor retro-orbitária e mialgias.

A febre oropouche é causada pelo vírus Oropouche, um arbovírus do gênero orthobunyavirus. A doença é transmitida aos humanos, principalmente, pelo mosquito do gênero culicoides e, potencialmente, por Culex quinquefasciatus e algumas outras espécies do gênero culex.

Desde que foi isolado pela primeira vez em Trinidad e Tobago, em 1955, foram relatados mais de meio milhão de casos e pelo menos 30 grandes surtos da doença na América Central e do Sul. No entanto, esses dados são difíceis de quantificar devido à falta de diagnóstico e aos sintomas semelhantes com outras doenças causadas por arbovírus como dengue, zika, chikungunya e mayaro.

Neste estudo, os pesquisadores utilizaram a técnica de PCR em tempo real, sequenciamento genético e análise de características clínicas. Foram analisadas 175 amostras de casos notificados ao sistema de vigilância epidemiológica.

 

 

Fonte: Fiocruz / revista científica Memórias do Instituto Oswaldo Cruz

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