sexta-feira, novembro 22, 2024

Amazonas alcança três anos sem casos de sarampo, segundo Ministério da Saúde

Houve uma queda significativa no número de casos, passando de 20.901 em 2019 para apenas 41 em 2022. O último registro ocorreu em 5 de junho de 2022, no estado do Amapá

O Amazonas não reporta casos locais de sarampo desde 2020, marcando uma virada crucial na batalha contra a doença. Essa tendência tem sido essencial para impulsionar as estratégias de controle em todo o país. O Brasil celebrou, na quarta-feira (5), dois anos sem a identificação de casos de sarampo originados no próprio país, um passo significativo rumo à reconquista do status de “país livre de sarampo”, após ter sido desclassificado como região endêmica no ano anterior.

Em 2016, o Brasil conquistou o status de país livre do sarampo, mas em 2018, o cenário mudou drasticamente devido à migração intensa e à queda na cobertura vacinal em diversos municípios. Desde então, houve uma queda significativa no número de casos, passando de 20.901 em 2019 para apenas 41 em 2022. O último registro ocorreu em 5 de junho de 2022, no estado do Amapá.

Em maio, o Brasil recebeu a visita da Comissão Regional de Monitoramento e Reverificação da Eliminação do Sarampo, Rubéola e Síndrome da Rubéola Congênita na Região das Américas, junto ao Secretariado da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). O objetivo foi avançar no processo de recertificação do país como livre da circulação do sarampo, além de garantir a sustentabilidade da eliminação da rubéola e da síndrome da rubéola congênita (SRC).

Neste ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) expressou grande preocupação com o aumento significativo de casos de sarampo na Europa, classificando a situação como alarmante. Mais de 58 mil infecções foram registradas em 41 países ao longo de 2023, representando um aumento em relação aos últimos três anos.

“Para que o Brasil possa continuar sem casos, é fundamental alcançar coberturas vacinais de, no mínimo, 95% de forma homogênea, visando a proteção da nossa população diante da possibilidade de ocorrência de casos importados do vírus e reduzindo assim o risco de introdução da doença. Além do que, garante a segurança até mesmo das pessoas que não podem se vacinar”, explica o diretor do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Eder Gatti.

Eder destaca também a relevância da continuidade da estratégia de microplanejamento, que no ano passado canalizou R$151 milhões para estados e municípios. Esse método, endossado pela OMS, engloba uma variedade de iniciativas adaptadas à realidade local, visando fortalecer e ampliar o acesso da população à vacinação ao longo de todo o ano.

Tríplice Viral

A vacina tríplice viral faz parte do Calendário Nacional de Vacinação, sendo administrada em duas doses para pessoas de 12 meses a 29 anos, e uma dose para adultos de 30 a 59 anos. Essa vacinação oferece proteção contra sarampo, caxumba e rubéola, doenças altamente contagiosas com histórico de epidemias graves no passado. A cobertura da primeira dose aumentou de 80,7% em 2022 para 87% em 2023. Vale ressaltar que os dados de 2023 são preliminares e podem aumentar, pois alguns estados possuem sistemas independentes de registro, o que pode causar atrasos na atualização dos dados nacionais.

Da Redação/Ministério da Saúde

Leia mais: Cooperação na pesquisa e no desenvolvimento de vacinas é firmada por Fiocruz e Sinovac

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