domingo, setembro 29, 2024

Política – “Disputa de Poder” – Bolsonaro X Mandetta em tempo de coronavírus.

Na tarde de domingo (12/04), o ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta concedeu entrevista ao repórter Murilo Salviano, do Fantástico.

A entrevista foi em Goiânia, no Palácio das Esmeraldas, sede do governo goiano, Mandetta falou sobre os meses que virão, o que projeta para frente e a relação com o presidente Jair Bolsonaro.

‘brasileiro não sabe se escuta o ministro ou o presidente’, diz Mandetta.

Mandetta iniciou a entrevista dizendo que está distante dos familiares ,cumprindo a quarentena e cumprimentou todas as famílias brasileiras e a família do jornalismo do Fantástico no domingo de Páscoa.

O Fantástico perguntou do Ministro sobre os números de coronavírus (Covid19) no Brasil. Mandetta afirmou que:

“Primeiro, nós sabemos que esses números estão subestimados. Dentro do que a gente pensava lá no início, em fevereiro, fazendo simulações com outros países, fazendo adequações pro nosso clima, mais ou menos a gente sabia que chegaria na primeira quinzena de abril a aproximadamente com esses números. Sabemos também desde o início que fizemos a projeção que a segunda quinzena de abril seria a quinzena que aumentaríamos e que o mês de maio e junho seriam os meses de maior estresse pro nosso sistema de saúde. Nós estamos agora vivendo um pouco do que fizemos duas semanas pra trás. Se iniciarmos precocemente uma movimentação, nós vamos voltar a ter aquele mesmo padrão do início aonde você tinha dia após dia um aumento do surgimento de brotes epidêmicos. A gente imagina que os meses de maio e junho serão os sessenta dias mais duros para as cidades. A gente tem diferentes realidades. O Brasil a gente não pode comparar com um país pequeno, como é a Espanha, como é a Itália, a Grécia, Macedônia e até a Inglaterra. Nós somos o próprio continente. Sabemos que serão dias duros. Seja conosco ou qualquer outra pessoa. Maio, junho, em algumas regiões julho, nós teremos dias muito duros”.

O Minsitro da Saúde declarou que: “ essas semanas agora o comportamento da sociedade é que dita. Esse vírus, a história natural dele, como ele vai se comportar aqui, quem vai escrever essa história é o comportamento da sociedade, não é a polícia, o decreto. É como cada um de nós brasileiros vamos ter a consciência do cuidado individual, sendo o responsável pelo cuidado coletivo. Ele é uma coisa muito mais de como vamos encarar essa relação da dinâmica social e do sistema de saúde, da capacidade de atender.

Sobre a quantidade de coronavírus são estimados para o Brasil números que varia de acordo com o comportamento da sociedade, diz o ministro.

Para Mandetta, se não fizermos absolutamente nada e tivermos como se nada estivesse acontecendo, se a gente falar assim: vamos todos trabalhar, deixa só quem tem mais de 60 anos em casa, como o país vai lidar com isso… Você tem de números menores, você tem cenários extremamente otimistas e tem cenários extremamente pessimistas. A gente tem a projeção, mas sabe que isso tudo é em função do comportamento das pessoas. Não existe absolutamente nada que influencie mais essa resposta do que como que a sociedade brasileira vai se comportar no próximo mês e dias.

O ministro afirmou que: “não existe capacidade de se fazer uma testagem de 200 milhões de habitantes. E, às vezes, você testa e ele dá negativo, tem que repetir teste várias vezes. A gente vai trabalhando basicamente com trabalhadores que são mais importantes no momento. Vamos testar, principalmente, aqueles que a gente mais precisa que voltem ao trabalho. Se médico e enfermeira se contaminou e já têm anticorpos, eles trabalham com muito mais tranquilidade e a gente sabe que não vai mais adoecer daquela doença. Então esse teste a gente faz primeiro para eles. Também teremos o teste para o pessoal que é da segurança, que são serviços muito essenciais: agentes penitenciários, policiais, bombeiros, que precisam dessa informação. Esses são os dois grupos de trabalhadores”.

O minsitro informou que o Brasil até agora não vive o lockdown, ou seja,  o fechamento total. Nós estamos com diminuição social, importante, chegamos a ter uma diminuição expressiva, relaxamos, estamos em torno de 50%, 55%. Chegamos a ter 70%. Se cada empresário, se cada setor achar que o dele é essencial e que ele tem que trabalhar, e começar um efeito cascata, tudo é essencial e tem que funcionar, o Ministério da Saúde vai mostrar: olha, essa atividade fez isso aqui com cada uma das cidades.
O Ministro da Saúde disse que a posição do presidente Bolsonaro é preocupante, visto que o principal adversário é o coronavírus.
Mandetta enfatiza que se está como minstro, isso se deve a indicação e nomeação do presidente Jair Bolsonaro.
Veja o vídeo:

 


  • Fonte: G1 Fantático.
  • Imagem: Divulgação

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