sexta-feira, novembro 22, 2024

Brasil – Vice-presidente afirma que coronel Ustra “respeitava os direitos humanos”.

Hamilton Mourão, vice-presidente da república, declarou que o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, foi um “homem de honra” e “que respeitava os direitos humanos de seus subordinados”.

A afirmação realizada em entrevista à rede de televisão alemã Deutsche Welle, faz eco aos diversos elogios que o presidente Jair Bolsonaro já fez ao militar.

“O que eu posso dizer sobre o homem Carlos Alberto Brilhante Ustra é que ele foi meu oficial comandante durante o final dos anos 70 e ele foi um homem de honra que respeitava os direitos humanos de seus subordinados. Então, muitas das coisas que as pessoas falam dele – posso dizer porque tive amizade muito próxima com ele – não são verdade”, afirmou Mourão na entrevista.

Jair Bolsonaro, presidente da república, já chegou a chamar o coronel de “herói nacional” e dizer que ele foi o responsável por evitar que “o Brasil caísse naquilo que a esquerda hoje em dia quer”.

“Um herói nacional que evitou que o Brasil caísse naquilo que a esquerda hoje em dia quer”, disse o presidente em agosto.

Durante a votação pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), também exaltou a memória do militar. “Pela memória do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o pavor de Dilma Rousseff”, afirmou em seu voto.

Na entrevista, o vice-presidente afirmou ainda que “há um excesso de ‘tribalismo’ (no País) e os lados políticos estão muito polarizados”.

“Há muita polarização na política, mas a nossa administração está conduzindo bem o País e as coisas estão melhorando”, disse Mourão, sem se referir aos novos acordos entre o governo federal e o Centrão.

O vice-presidente também relativizou o comentário que havia feito em abril a repórteres. No momento político em que o governo enfrentava a saída do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, Mourão afirmou: “Está tudo sob controle. Só não sabemos de quem”. Segundo o vice-presidente, a fala foi “uma piada”.

De acordo com Mourão, não é necessário ser médico para ser ministro da Saúde, e defendeu a atuação do atual ministro da Saúde, o general Eduardo Pazuello.

“É preciso alguém que entenda administração pública e que não seja conivente com a corrupção. O ministro Pazuello sabe muito sobre logística, que era nosso principal problema com o ministro da Saúde”, disse.


  • Fonte: Isto é
  • Imagem: Divulgação

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