sexta-feira, novembro 22, 2024

Política – “Se não pode vencê-los, junte-se a eles?” – Jair Bolsonaro movimenta peças do Senado e coloca filho na CPI da Pandemia.

Após a indicação do senador Ciro Nogueira (PP-PI) como ministro-chefe da Casa Civil, o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) passará a constar como integrante da CPI da Pandemia no Senado, atuando a partir do retorno da comissão na próxima semana.

O filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é o único senador do Patriota, e não teria direito a ser integrante. No entanto, vai assumir uma vaga de suplente que foi cedida a ele pelo bloco parlamentar “Unidos pelo Brasil”, formado por MDB, PP e Republicanos.

Com a saída de Ciro da CPI para ir ao Palácio do Planalto, o bloco oficializou o senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) como novo titular e a indicação de Flávio Bolsonaro para a vaga de suplente. Isso faz com que Heize e Flávio representem o mesmo bloco parlamentar que o relator Renan Calheiros (MDB-AL).

As mudanças não impactam a divisão de poder dentro da comissão. O grupo atualmente majoritário, o G7, formado por senadores independentes e de oposição, segue com a mesma composição.

A Comissão Parlamentar de Inquérito

A CPI da Covid não se reúne desde 15 de julho, quando ouviu Cristiano Carvalho, representante no Brasil da Davati Medical Supply. As sessões, suspensas em razão do recesso parlamentar, serão retomadas em 3 de agosto.

A expectativa dos senadores é que, na volta dos trabalhos, a CPI ouça pessoas com papel central nas negociações de compra de vacinas pelo governo brasileiro.

Flávio Bolsonaro

Mesmo não sendo integrante da CPI, Flávio Bolsonaro participou de algumas sessões da comissão nos últimos meses.

Durante o depoimento do ex-secretário de Comunicação do governo Fabio Wajngarten, por exemplo, o filho de Bolsonaro protagonizou um bate-boca com o relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL). Flávio chamou o emedebista de “vagabundo”. Renan retrucou relembrando as denúncias de rachadinha.

O senador também trocou ofensas com Wilson Witzel, quando o ex-governador do Rio compareceu à comissão. Além disso, discursou durante audiência pública com defensores de medicamentos ineficazes contra a Covid-19.


  • Fonte: G1 / CNN.
  • Foto: Divulgação.

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