O toque da sirene na Marquês de Sapucaí é o aviso para a escola de samba: o desfile já vai começar. Seis agremiações participaram no sábado (23) e madrugada deste domingo (24) do último dia de desfiles do grupo especial do Rio de Janeiro e, mais uma vez, arquibancadas, frisas e camarotes ficaram lotados.
Segundo a Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), 70 mil ingressos foram vendidos para o encerramento do Carnaval.
Das seis escolas que desfilaram na avenida, quatro retrataram as culturas negra e indígena. A Paraíso do Tuiuti, primeira a pisar na Sapucaí, resgatou o conhecimento ancestral dos negros no Brasil. A Portela levou para o sambódromo o baobá, árvore de origem milenar africana, que representa luta e religiosidade.
Já a Mocidade Independente de Padre Miguel homenageou Oxóssi e relembrou as origens do orixá nas casas e terreiros de candomblé e umbanda, e a Grande Rio mostrou os caminhos de Exú em uma reflexão sobre a intolerância religiosa.
O segundo dia de desfiles do grupo especial contou ainda com a passagem da Unidos da Tijuca, que levou para a Sapucaí a lenda do guaraná, fruto amazônico que deu origem à tribo Sateré-mawé.
E encerrando os desfiles, a Vila Isabel prestou uma homenagem ao cantor, compositor, poeta e escritor Martinho da Vila, presidente de honra da escola. A agremiação destacou o jeito simples, boêmio e alegre, que fez com que Martinho conquistasse o bairro da zona norte do Rio de Janeiro.
*Com informações da CNN
- Foto: Divulgação /ÉRICA MARTIN/THENEWS2/ESTADÃO CONTEÚDO