Durante encontro com o presidente da Argentina, presidente Lula gerou mais uma polêmica, anunciando o retorno do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no financiamento de projetos de países vizinhos, com o objetivo final, de ajudar empresas brasileiras sediadas no exterior.
O Banco é conhecido por ser a principal ferramenta na execução de políticas de investimentos do Governo Federal, almejando criação de empregos, desenvolvimento sustentável e competitivo da economia brasileira, além de reduzir desigualdades regionais e sociais, algo necessário no país.
Durante o fim do mandato do ex-presidente Bolsonaro, dezembro de 2022, o governo argentino já havia anunciado que o Banco financiaria cerca de R$ 689 milhões(R$ 3,5 bilhões, na cotação atual), para o projeto. Algo que foi negado, na época pelo próprio banco através de uma nota.
Presidente da Argentina, Fernández, durante o encontro (23/01), não poupou elogios ao Banco, dizendo que em seu país, a única coisa que causa inveja do Brasil, é o BNDES, por ser uma plataforma sensacional de crescimento que soube ser aproveitada durante todos esses anos. Agora com a confirmação, veio o anúncio de que o dinheiro será aplicado nas obras do gasoduto argentino Néstor Kirchner.
Assim que foi divulgado, inúmeras críticas começaram a surgir, em relação ao país estar investindo dinheiro no exterior. O presidente rebateu as críticas que já acontecem desde seu mandato anterior, como “pura ignorância’, acrescentando que é necessário que países maiores ajudem os que tem menos condições.
Até então, o Ministro da Economia Fernando Haddad, não detalhou como será feito o financiamento, nem o valor que será repassado. O gasoduto de “Vaca Muerta”, já teve sua 1° fase concluída, o governo estava apenas atrás de um investidor para prosseguir com a obra, a meta seria fazer com que gasoduto chegasse até o Brasil, em uma fase futura.
Gasodutos no Brasil estagnados
Algo que chama atenção e gera críticas, é o fato de o Brasil praticamente estagnada desde 2013, quando em todo esse tempo houve um aumento de apenas 1%, enquanto que a rede de distribuição cresceu 107% no mesmo período de 12 anos, dados da Abegás (Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado).
No Brasil, há uma rede de gasodutos inferior à de países vizinhos, como a Argentina. Tendo hoje, 1,9% da malha dos Estados Unidos e 4% da malha da Europa. A falta de infraestrutura no país, é a causa para o país não conseguir escoar 100% da sua produção de gás natural.
- Por July Barbosa, com informações de Poder 360.
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