segunda-feira, novembro 25, 2024

Professoras heroínas: Especialista em educação comenta sobre atentados em escolas no Brasil

Muitas professoras demonstram ser exemplos de coragem, ao arriscarem as próprias vidas para defender seus alunos, convictas em impedir que tragédias se tornem ainda maiores

O fenômeno conhecido como school shooting vem chamando a atenção do mundo, principalmente após a tragédia na Columbine High School, na cidade de Littleton, Colorado, nos Estados Unidos, em 1999. Posteriormente, em abril de 2007, o estudante Cho Seung-Hui protagonizou um massacre de proporções ainda maiores ao atirar contra estudantes do Virginia Polytechnic Institute and State University, matando 32 pessoas e se suicidando ao final.

No Brasil, em um período em que tem acontecido também muitos casos de ataques a alunos em escolas públicas e privadas, surgiu em meio a essas dores, grandes exemplos de coragem, que arriscaram as suas próprias vidas para defender as crianças e impedir que as tragédias fossem ainda maiores, como no caso recente de Blumenau, onde a professora Simone Aparecida Camargo, em um ato heróico salvou a vida de várias crianças.

Casos semelhantes já aconteceram outras vezes no país, como por exemplo o caso de Helley Abreu Batista, que perdeu a vida tentando salvar seus alunos, ao lutar contra o vigilante Damião Soares dos Santos, 50, que ateou fogo na creche ‘Gente Inocente’, em Janaúba, no norte de Minas, impedindo assim, que a tragédia que chocou o Brasil e o mundo fosse ainda maior.

Outro caso é a professora de educação física Cinthia da Silva Barbosa, que é ex-jogadora de basquete, a qual, se aproxima do agressor, um aluno de 13 anos, enquanto ele esfaqueava outra professora numa sala de aula. Ao perceber o ataque, a professora Cinthia agarra o aluno pelo pescoço e o afasta da vítima.

Professor comenta
O Portal quis saber qual o sentimento diante de mais um caso que atinge escola e crianças, em referência a essa, insegurança e violência fazendo parte de um ambiente no qual os pais acreditam deixar seus filhos em segurança.
O professor de história Jezanias Souza, falou: “É um fato muito triste e lamentável que está acontecendo em alguns países pelo mundo e no Brasil. E em menos de duas semanas tivemos dois atentados com vítimas fatais; uma professora morre esfaqueada em sala de aula enquanto exercia sua atividade; e agora esse no dia de hoje, onde 4 crianças são mortas brutalmente; e mais cinco feridas, ou seja, as escolas, que deveriam ser um lugar seguro, de liberdade e de vida; agora tornaram-se alvos de pessoas fronteiriças com sede de morte e caos. Por isso, está mais do que na hora dos governantes desse país reforçarem as políticas públicas para combater a violência no ambiente escolar. A escola deve ser um lugar de aprendizado e promissora de vida com sucesso e não de dor e morte.”

Caso de Blumenau
Uma creche foi alvo de um ataque na manhã desta quarta-feira (5), em Blumenau, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina. Quatro crianças foram mortas e cinco ficaram feridas. O ataque aconteceu no início da manhã na creche ‘Cantinho Bom Pastor’, que fica na rua dos Caçadores, no bairro Velha. A unidade de ensino é particular.
Na ação, quatro crianças foram mortas, entre elas três meninos e uma menina com idades de 4 a 7 anos. As vítimas são:

• Bernardo Cunha Machado – 5 anos
• Bernardo Pabest da Cunha – 4 anos
• Larissa Maia Toldo – 7 anos
• Enzo Marchesin Barbosa – 4 anos

Políticos e autoridades repudiaram o ataque, segundo a Polícia Militar, um homem de 25 anos invadiu a instituição com uma machadinha e matou quatro crianças. Em seguida, se entregou à PM.

O que precisa ser feito para que haja uma mobilização para combater essa cultura de ódio, garantindo assim que casos como o de Realengo, de Suzano, da Vila Sônia e agora o da creche de Blumenau não mais se repitam?


  • Por July Barbosa
  • Foto: Divulgação
  • Ilustração: Marcus Reis

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