As análises incluíram comparações por sexo e país, assim como em relação a estimativas regionais e globais
Um artigo publicado recentemente na revista The Lancet Psychiatry traz uma análise sistemática da carga de doenças causadas pela dependência em anfetaminas, maconha, cocaína e opioides na América do Sul, no período de 1990 a 2019.
O grupo desse estudo, Global Burden of Diseases (GBD), estimou a incidência, prevalência, mortalidade, anos de vida perdidos (YLL), anos de vida com incapacidade (YLD) e os anos de vida saudável perdidos (DALYs) relacionados à dependência dessas substâncias em cada um dos 12 países da América do Sul (Argentina, Bolívia , Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela). As análises incluíram comparações por sexo e país, assim como em relação a estimativas regionais e globais.
“O trabalho foi de analisar o grande banco de dados do Global Burden of Diseases para observar a tendência do uso dessas substâncias ao longo desse período na América do Sul e qual a carga de doenças relacionadas”, explicou o pesquisador da Fiocruz Pernambuco Rafael Moreira, que integra a equipe de cientistas de diversos países responsáveis pelo estudo.
Entre os achados descritos na publicação, o Brasil teve a maior taxa de anos de vida saudáveis perdidos (DALYs), devido ao uso de cocaína em 2019, aproximadamente o dobro da verificada em 1990. Em relação aos opioides, houve crescimento de DALYs a cada 100 mil habitantes no Brasil (82) e no Peru (70), enquanto a taxa relacionada ao uso da maconha permaneceu estável em todo o período estudado.
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- Fonte: Fiocruz.
- Foto: Divulgação.