Químicos da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, desenvolveram uma bateria eficiente para armazenar energia de painéis solares. O novo modelo, que é baseado em um novo tipo de eletrólito, tem um custo muito menor que os usados hoje.
As baterias atuais são baseadas em eletrólitos líquidos, que são inflamáveis e podem vazar. Isso pode representar um risco de segurança, especialmente em aplicações de energia solar, nas quais as baterias são frequentemente instaladas em áreas remotas.
Os químicos de Cambridge estão trabalhando para melhorar a segurança do modelo, aumentando sua durabilidade. A bateria pode ser usada em uma variedade de aplicações, incluindo carros elétricos, casas inteligentes e redes de energia e pode ter um custo muito mais baixo.
“Desenvolvemos um novo tipo de material de armazenamento de energia que melhora o desempenho a um custo menor”, disse Jimmy Jiang, professor associado da Faculdade de Artes e Ciências da UC.
A nova bateria desenvolvida pelos químicos de Cambridge é baseada em um eletrólito sólido, que é mais seguro e estável, e sem a necessidade de um separador de membrana, considerado um dos elementos que mais encarece os modelos atuais.
Nova bateria mais barata que as tradicionais
“As membranas são muito caras”, disse Jiang. “A água tem um limite de voltagem. Quando a voltagem de uma bateria aquosa excede a janela de estabilidade de 1,5 volts, a água pode se decompor ou ser dividida em hidrogênio e oxigênio, o que é explosivo”, completou ele.
Em testes, a bateria desenvolvida pelos químicos de Cambridge mostrou uma eficiência de 81%. Isso significa que 81% da energia solar que é armazenada é liberada quando a bateria é descarregada.
Ainda é cedo para dizer quanto o novo modelo será mais barato do que os atuais, mas os pesquisadores acreditam que ela pode ter um impacto significativo no custo das baterias de lítio-fluoreto de nióbio.
- Da Redação
- Revisão textual: Vanessa Santos
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