A Confederação Israelita do Brasil (Conib), responsável por gerenciar uma plataforma que rastreia casos e informações antissemitas divulgou que, em janeiro deste ano, foram registrados 191 casos e, até o momento em fevereiro, outros 179. A maioria trata de xingamentos e discurso de ódio em episódios presenciais ou nas redes sociais contra judeus. O mês com maior número destes registros, até agora, foi novembro do ano passado, com 677 denúncias.
Os casos foram impulsionados mediante o início dos ataques de guerra de Israel contra o Hamas, na Faixa de Gaza, em outubro de 2023. Segundo a Conib, neste espaço de tempo, a demonstrações de ódio contra judeus têm crescido cada vez mais.
A repercussão do discurso do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva incomodou agentes políticos da comunidade Judaica no Brasil. Ao criticar líderes de países que cortaram suas contribuição para a agência da ONU que dá assistência à refugiados palestinos, Lula comparou as ações de Israel em relação ao povo Palestino com o Holocausto e alusão à matança de judeus feita por Hitler. Membros da Conib afirmam que a comparação equivocada impulsionará a onda de ações antissemitas contra os judeus.
“Ele (Lula) não está sabendo medir o que pode repercutir com essa declaração dele, ao fazer isso estimula discurso de ódio”, disse Cláudio Lottenberg, presidente da Confederação Israelita no Brasil, em entrevistas à CNN.
O Secretário de comunicação da presidência, Paulo Pimenta afirmou, através da rede social X (twitter), que “As palavras do presidente Lula sempre foram pela paz e para fortalecer o sentimento de solidariedade entre os povos”. O Planalto reiterou que o Brasil condena os atos do Hamas mas que, não compactua com o nível de resposta de Israel.
*Com informações da CNN Brasil*
Ilustração: Giulia Renata
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