Robinho, como é conhecido o ex-jogador Robson de Souza, foi preso na noite desta quinta-feira (21), pela polícia de Santos após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) emitir um mandato de prisão determinando que a pena pelo qual o réu é condenado na Itália, por agressão sexual, seja cumprida no Brasil.
O caso teria ocorrido em 2013, em uma boate chamada Sio Café, em Milão, enquanto o jogador defendia o escudo do Milan. Na ocasião, Robinho, e mais cinco homens teriam tido relações sexuais ao mesmo tempo com uma mulher albanesa, contra a vontade da vítima. Na época, a mulher tinha 23 anos e não teve o nome divulgado no processo. O ex-jogador afirma que a relação foi consensual com a mulher, e nega o estupro.
Robinho foi condenado em três instâncias da Justiça italiana. A decisão definitiva, da 3ª Seção Penal do Supremo Tribunal de Cassação, em Roma, é de janeiro de 2022, porém, nesta data, o atleta já se encontrava em solo brasileiro.
No fim de 2022, o Ministério da Justiça da Itália enviou pedido de extradição de Robinho, que foi negado pelo Governo, uma vez que o país não extradita seus cidadãos naturais. Na sequência, os italianos acionaram o STJ, que recolheu o passaporte do réu, impedindo uma nova tentativa de fuga para outro país.
Em gravação divulgadas pelo site Globo Esporte em 2020, o Robinho aparece declarando: “Estou rindo, porque não estou nem aí, a mulher estava completamente bêbada, não sabe nem o que aconteceu”. A Justiça Italiana também captou outras declarações do acusado que colaboravam com a versão dada pela vítima.
O ex-jogador chegou a publicar um vídeo em seu instagram no último domingo, (17), declarando-se inocente, e que estaria comprometido em provar a sua inocência perante a Justiça. A Justiça brasileira não discute o mérito da ação italiana, a que condenou Robinho.
Foto: Divulgação / APF
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