Nesta quinta-feira (19), foi anunciado pelo Ministério da Saúde que somente após a conclusão dos testes envolvendo o desenvolvimento do imunizante contra a Covid-19 ,que será definido os públicos prioritários na vacinação.
Arnaldo de Medeiros, secretário de Vigilância em Saúde, afirmou que ainda será preciso delimitar como serão destinadas as doses, por meio de mais informações sobre as vacinas em produção. Além disso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deverá aprovar e registrar as vacinas em primeiro lugar.
“Para definição dos grupos prioritários há necessidade premente que estudos de fase III das vacinas estejam concluídos, porque só assim teremos certeza de quais grupos prioritários terão melhor alcance”, declarou.
Segundo Medeiros, serão analisadas as diferentes variáveis sobre a vacina para definir quem será o primeiro grupo a receber o tratamento e o modo como irá ocorrer o programa de imunização.
“Precisamos entender o perfil da saúde, qual o esquema de vacinação, quais são os dados de segurança, qual o tipo de frasco, qual a duração e a estabilidade da vacina após o frasco ser aberto no posto de saúde, quais as condições de armazenamento”, explicou.
O secretário complementou afirmando que os estudos também poderão considerar a situação epidemiológica de diferentes localidades.
“Como critérios, precisamos avaliar a situação epidemiológico, a situação da doença, entendermos a doença tanto em coeficiente de hospitalização e de mortalidade. Todos os estudos contribuem para definirmos os grupos prioritários”, completou.
Nesta semana, houve uma reunião entre o Ministério de Saúde e os representantes de laboratórios da Pfizer, da farmacêutica estadunidense Moderna, do consórcio russo responsável pela Sputinik V e da empresa Janssen (braço da Johnson e Johnson). Nesta sexta-feira (20), está prevista reunião com a equipe da Covaxin, da Índia.
Conforme informado pelo secretário-executivo Élcio Franco, devem ser assinados protocolos de intenção não vinculantes e um acordo de aquisição só poderá ser feito após o registro do tratamento juntamente à Anvisa.
“Temos como premissa que a vacina vai ter de oferecer segurança, eficácia, uma produção em escala e oferta em tempo oportuno para podermos inserir no Programa Nacional de Imunização, ela deverá ter um preço e condições logísticas adequadas e favoráveis e deverá possuir o registro na Anvisa”, colocou Franco.
Na corrida internacional pelas vacinas, os Estados Unidos possuem 11 vacinas em fase clínica. O Brasil está em 7º, com 15 alternativas em fase pré-clínica. Ensaios clínicos em andamento no Brasil há a da Universidade de Oxford/Astrazeneca, a Sinovac/Instituto Butantan, a Pfizer/Biontech e a Janssen, um braço da Johson e Johnsons.
- Fonte: D24am
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