Chegando ao seu terceiro ano de mandato, o presidente Jair Bolsonaro se envolveu com diversas polêmicas ao decorrer deste ano que estamos finalizando, desde ataques ao STF e a democracia até continuar a defender remédios ineficazes para a covid-19.
Contrariando as recomendações sanitárias, enquanto o país entrou em lockdown e a população seguiu as mesmas, o presidente promovia e participava de aglomerações e criticava o uso de máscaras.
Abaixo, separamos algumas falas e atitudes problemáticas do presidente Jair Bolsonaro:
Em janeiro, Bolsonaro fez ataques à democracia, disse que há “fraudes” nas eleições brasileiras, e ainda fez uma declaração em tom de ameaça: “Se nós não tivermos o voto impresso em 22, uma maneira de auditar o voto, nós vamos ter problema pior que os Estados Unidos.”
Insistiu, também, em incentivar o “tratamento precoce” contra covid-19. Afirmou, ainda, que quem decide se um povo vai viver numa democracia ou numa ditadura são sua Forças Armadas.
Neste mesmo mês, houve uma crise de oxigênio no estado do Amazonas, onde o presidente afirmou com todas as letras que não era competência do governo federal levar oxigênio para o estado, mesmo estando em uma crise, devido aos casos alarmantes de corona vírus.
Bolsonaro declarou um estudo falso que afirmava, segundo uma universidade alemã, que “máscaras seriam prejudiciais a crianças”, o que já foi desmentido, nenhuma universidade alemã realizou estudos do tipo. Na realidade, o que foi citado foi uma enquete nenhum pouco rigorosa, realizada por cinco pesquisadores da Universidade de Witten/Herdecke, que o fez apenas para coletar relatos sobre o uso de máscaras em crianças.
Ainda este ano, fez uma infeliz declaração, onde disse que parecia que só no Brasil tinha gente morrendo devido à corona vírus, sete dias antes da declaração morreram 15.650 pessoas por Covid no Brasil, o que deixava o país em primeiro lugar no mundo em mortes no período, segundo dados da OMS. Esse número representava 25% das 60.503 mortes registradas no período no mundo (uma em cada quatro).
A CPI começou a investigar contrato do Ministério da Saúde com a Precisa Medicamentos para compra da vacina covaxin, que é produzida na Índia. Foi o único contrato do governo que teve um intermediário sem vínculo com a indústria de vacinas.
Bolsonaro vetou a distribuição gratuita de absorventes menstruais para estudantes de baixa renda ou pessoas de rua que se encontram em estado de vulnerabilidade.
Em novembro, Bolsonaro se filiou ao PL, o Partido Liberal, de centrão, Bolsonaro já filiado à nove partidos em sua carreira política. Em três décadas, o atual presidente passou por PDC, PPR, PPB, PTB, PFL, PP, PSC e PSL. Eleito com um discurso contrário à “política fisiológica”, o presidente afirmou em julho de 2021 que é do grupo de partidos do Centrão, grupo do qual o PL faz parte.
Este mês de dezembro, foi aberto um inquérito onde o Ministro Alexandre de Moraes, do STF, coíbe o presidente por espalhar uma fake News que associa a vacinação contra covid-19 à um risco de contrair Aids.
- Fonte: Informações da redação.
- Foto: Divulgação.
